
Refletindo
comigo, mais especificamente sobre a educação que a família passa as crianças
hoje em dia, e me ocorreu certa indagação: “Será que os pais (ou responsáveis)
amam mesmo os seus filhos?” Pois cada vez mais eu escuto falar que os
pais/responsáveis batem nos seus filhos, e dão a descarada desculpa que é para
educar, mas que educação? Querem ensinar a seus filhos o quê? Só se for a ideia
de que tudo se resolve “na base do pau”, pois imagine só, uma criança espera
todo ao Amor e o carinho de seus pais, e às vezes elas fazem algo errado e nem
sabem, e pagam caro por isso, com palmadas, cintadas, chineladas, etc. E aí?
Que educação é essa? Educar é uma coisa, fazer da criança um saco de pancadas é
outra, por mais que seja uma simples palmada, é agressão, e a criança sofre com
isso, e os adultos tem a sorte de as crianças esquecerem o que aconteceu antes,
não guardam rancor, e depois fica tudo bem. Porém depois que crescem, não
esquecem tão fácil, já começam a possuir
seu próprio caráter, sua opinião sobre as coisas, e os pais querem dar
lição de moral sendo que na primeira oposição do adolescente contra sua ideia,
o adulto fica estressado, e acha de bater no devido adolescente, e depois fala
para não brigar na escola, é a mesma coisa que um bêbado diga à um jovem que
não beba, como? Se está fazendo. E depois que a criança que apanhou, o
adolescente que não pôde expressar a sua opinião sobre as coisas, vira um
adulto desequilibrado, pois mais que não pareça, fica, e acaba fazendo a mesma
coisa com seus descendentes, e ninguém me disse, eu mesmo vi. Por mais difícil
que seja educar uma criança, por mais impaciente que seja, tem de ter muita
paciência, muito carinho, muito Amor, mas Amor, não aquela coisa
superprotetora, e nem aquela coisa que tanto faz como tanto fez, tem de dar
atenção. E como sei disso? Estou na adolescência, então consigo ver os dois
lados da educação: o lado da criança e o lado do adulto, e é bem delicado, bem
difícil, mas não é impossível, tanto é que está aí, acontecendo; deve haver uma
amizade muito íntima e verdadeira entre os pais/responsáveis e seus filhos (ou
qualquer outro que estejam encarregados), não aquela hierarquia militar de que
o pai está acima do filho, e consequentemente o filho abaixo de seu pai, e por
isso gera os conflitos de gerações, mas aí é assunto para outro post. O negócio
é cooperar e se doar de corpo e alma um a outro, dos dois lados, e não bater,
pois a ferida pode não cicatrizar-se tão rápido. Além de que o novo estatuto da
criança diz que nem agressões verbais são permitidas.