Sob os olhos da Harpia
Me pego pensativo;
Revendo meus conceitos
Analisando as mazelas de meu âmago
Ela me observa
Me impõe seu olhar de rapina
Me assusto
Por um instante
Mas o medo passa
E me volto a ela
Tentando saber o motivo
De sua intimidadora atenção em mim
Será que sou presa?
Será que sou predador?
Será que sou conhecido?
Ou ainda um inimigo?
Não sei
Mas vi que ela me olhava
Simplesmente me olhava
Sem qualquer explicação
E esse mistério continua
Sinuando entre
Bem e mal,
Ameaça e medo
Ataque e defesa
Só então descubro
O tão grande mistério
O motivo de tal desconfiança
A chave para destrancar essa porta
Seus olhos não eram de
Ataque ou de defesa
Sua observação era crítica
Persuasiva
Me olhava para
Conhecer essa criatura
Tão diferente
Tão primitiva
Racional e irracional
Ao mesmo tempo
Que se deixa levar
Pelas fendas interiores mais profundas
Seu olhar era de indignação
Como alguém com tanto
Não é capaz de nada?
Que é tão pobre de Espírito?
Só então vi que não olhava para o
Exterior
Mas sim para o meu
Interior
Meus erros a impressionaram
Lhe causaram revolta
Como pode errar tanto assim?
Não sei como
Seus olhos me fizeram mudar
Rever minhas atitudes
Controlar meus pensamentos
Tomar o melhor rumo de minha vida....
R. B. Mattozzo
Boa tarde! Lindo e reflexivo poema... os olhos da harpia enxergam longe!
ResponderExcluirA natureza e suas criaturas estão aí sempre para nos ensinar algo, para nos fazer lembrar do quão maravilhosa pode ser a vida e do quanto não damos valor ao que temos!! O quanto egoístas somos por ser o topo da cadeia, etc
ResponderExcluirLindo poema!
help-adolecentro.blogspot.com.br
_Seus olhos me fizeram mudar
ResponderExcluirRever minhas atitudes...Uauau q mimo, o menino poeta deslanchou em bela inspiração, viajei, delirei na beleza da sua expressão de hoje, pra um fraterno e gauchesco abraço do tio Castanha.